quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Fusionar x Sublimar

Às vezes gostaria de aprender a fusionar meus projetos de escrita pessoal. Fusionar, sim.
O texto pessoal em prosa é água. Ele flui. Nele, transformamos experiências físicas, blocos quadrados e pedregulhos da mente em texto corrente e cristalino.

Eu, ao contrário, ou melhor, mais voraz, ou lacônica, quem sabe, me perco na maldita sublimação. Queria escrever um texto coeso sobre algum causo, mas acabo me perdendo em frases soltas, enigmas, trocadilhos, dados secundários e "decimários". Naftalinas do meu armário viram sutis bolhas de ar exalando na Internet.
Isso é bom porque de vez e quando dá umas boas músicas. E quem merece as pedrinhas recebe pessoalmente NA FUÇA.

Acho que sou uma escritora tímida. Tímida, embora extrovertida. É, issaê.

[?]

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Não,

Não dá pra comprar gente, nao dá pra comprar
No máximo se paga pra se tolerar

Licença à piegação,
Justiça não se encontra na mão,
O máximo do mérito se faz debito

Crédito pro troco
Pão, remédio, dinheiro pro almoço.
Transporte particular
Não faz o grito cessar
Fingir não escutar e pá
Na cara de quem mostra o que há.

Seria melhor que fosse pior? Nao?
Melhor? Tampouco.
Paz, paz, paz.
Mah rapaz!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Lua Amarga

Existe um amargo que sobe na alma
Franzindo a testa e pintando as ruas
O amargo que mata a vida que teria
E que me consome à beira das luas

Ando entojada da minha cara
Entojo da má vontade e do peso
Entojo do tudo do nada de tudo
Do que faço que prezo e que desejo

Do que disponho e do desprezo
Que faz subir o doce de queijo
Ao ver amargo o sal que despejo
Na linda acidez desses meus lampejos

Todo meio é amargo
Por dentro de toda paragem
Não há meio mais mediocre do que
O que há pra dentro das margens

Eu odeio o amargo das margens
Mas amo o amargo que cria doçura
Mexendo os quadris me afasta dos centros
Agindo perfeito de lua em lua.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Marinheiro em primeira e última viagem...

Só de passagem... Família, Pátria, Fraternidade.
Içando velas [...] para lhe guiar até aceitar
Que vai ter que se adequar ao vento.

[...]
Barcos remando contra a corrente,
Puxados pelo passado,
Tragados pelo Futuro,
É o presente!

[...]